Ansiedade aos 50 dobra riscos de Parkinson

Você sabia que pessoas com mais de 50 anos que sofrem de ansiedade têm duas vezes mais chances de desenvolver o Mal de Parkinson? A descoberta foi feita por cientistas da University College London (Reino Unido) e do Medical Centre Göttingen (Alemanha), que avaliaram quase um milhão de pessoas entre os anos de 2008 e 2018.

No estudo, os pesquisadores colheram dados de cuidados primários de unidades de saúde do Reino Unido para rastrear diversos sintomas típicos de Parkinson em pessoas desta faixa etária, que foram diagnosticadas com ansiedade há um ano ou menos. Os cientistas detectaram problemas como tremor, perda de equilíbrio, sono desregulado e depressão, muito característicos da doença.

O Mal de Parkinson é gerado pela degeneração das células localizadas numa região do cérebro conhecida como “substância negra”, responsável por produzir dopamina. O famoso “hormônio da felicidade” também conduz as ondas nervosas do corpo, influenciando diretamente nos movimentos que, uma vez afetados pela doença, geram os sintomas citados no parágrafo acima.

A manifestação do Parkinson é amplamente associada a fatores genéticos (como histórico familiar), ambientais (exposição a componentes tóxicos, drogas, alguns tipos de medicamento e traumas cranianos por repetição) e a pessoas acima de 60 anos. No entanto, as pesquisas que relacionam a saúde emocional à doença ganharam espaço apenas neste século, principalmente, considerando traumas e ansiedade.
O transtorno de ansiedade influencia diretamente no funcionamento da mente e do corpo, podendo se tornar patológico. A reação, motivada pela preocupação e pelo medo, possui muitos fatores, assim como o Parkinson. Questões genéticas e ambientais, distúrbios hormonais, doenças físicas, gatilhos e traumas contribuem para que a ansiedade evolua de sentimento para uma desordem psicossomática.

Rotina aumenta riscos da ansiedade

Os efeitos da ansiedade depois dos 50 são debatidos desde a década passada. Um estudo divulgado pelo Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido, em 2016, apontou que os níveis do transtorno são maiores entre os 50 e os 54 anos. Além disso, pessoas de 40 a 60 anos estão, sim, expostas à ansiedade, por fatores como vida profissional, demandas dos filhos e responsabilidades com familiares mais velhos. Apesar desses dados, a correlação entre ansiedade e Parkinson caminha vagarosamente.

Os pesquisadores da University College London e do Medical Centre Göttingen alertam para a importância de aprofundar estudos que compreendam como a ansiedade pode ajudar a causar o Parkinson. A cientista da UCL Anette Schrag afirma que os efeitos da desordem não são tão pesquisados quanto outros fatores e que explorar a ocorrência precoce da doença também passa pela incidência de casos do transtorno nesta fase da vida.

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Aqui no Brasil, cerca de 19 milhões de pessoas sofrem de ansiedade, liderando a estatística realizada pela OMS sobre o transtorno. Além disso, cerca de 200 mil pessoas foram diagnosticadas com Parkinson no país. Considerando esses fatores, o que fazer para reduzir as chances de desenvolver ansiedade e Parkinson?

Boas práticas para cuidar do cérebro

  • Pratique atividades físicas: ter uma rotina de exercícios ajuda a oxigenar o cérebro – facilitando a renovação dos neurônios – e, ainda, estimula a liberação de dopamina;
  • Conviva com outras pessoas: outro excelente estimulante de dopamina é a convivência social. Interagir com pessoas ajuda a manter o cérebro ativo e o incita a reagir a situações cotidianas com mais facilidade;
  • Mantenha seu cérebro ativo: estímulos como leitura, aprender coisas novas e fazer atividades que gerem prazer são fundamentais para saúde mental e reduzem as chances das doenças se manifestarem;
  • Relaxar é essencial: a saúde do cérebro depende e muito de boas noites de sono. Pessoas que dormem mal têm 30% mais chances de desenvolver ansiedade e estão expostas a doenças degenerativas, como o próprio Parkinson. Além disso, atividades como a meditação ajudam a controlar o estresse;
  • Alimente-se bem: cuidar do corpo é cuidar do cérebro. Adicionar alimentos antioxidantes (como aveia, frutas cítricas, frutas vermelhas, linhaça, mamão e abacaxi) à sua dieta colabora para aumentar as defesas e retardar o envelhecimento das células do cérebro;
  • Busque ajuda: caso você sinta qualquer um dos sintomas de ansiedade e/ou Doença de Parkinson que citamos neste texto, busque apoio de especialistas de saúde que possam colaborar para o tratamento destes problemas.

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