A importância de ter bons hábitos para manter a saúde em dia é inegável. Cuidar da alimentação, do sono e ter práticas saudáveis é essencial para prolongar a vida e tornar o processo de envelhecimento mais leve. Além disso, se alimentar de forma adequada e manter uma rotina de exercícios também são grandes aliados do cérebro.
Porém, criar hábitos saudáveis não é uma missão simples. Segundo o relatório do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, as práticas nocivas ao organismo se tornam mais difíceis de serem abandonadas no momento em que elas se tornam prazerosas ao cérebro.
O estudo sugere que, para combater esses hábitos que afetam o funcionamento do nosso corpo, é necessário avaliar como esses comportamentos surgiram e o impacto deles no organismo para, a partir daí, desenvolver estratégias para incluir atividades que favoreçam o bem-estar e a qualidade de vida.
Por isso, apresentamos a vocês oito hábitos que auxiliam o funcionamento do cérebro e prolongam a vida útil deste órgão tão fundamental para o nosso organismo.
1 – Praticar exercícios de respiração:
Os exercícios de respiração são amplamente recomendados por profissionais de saúde mental por ajudarem a desenvolver calma, serenidade e a capacidade de pensar de forma mais clara em situações de pressão. Além disso, é um importante aliado no combate ao estresse.
De acordo com um relatório da Universidade de Harvard, o estresse crônico afeta o córtex pré-frontal, área responsável pela memória e aprendizado. Por consequência, influencia diretamente na capacidade mental, gerando ansiedade e causando sentimento de dissociação com o momento presente.
2 – Realizar atividades físicas:
A influência da prática regular de atividades físicas no funcionamento cerebral não é uma novidade. Os exercícios ajudam a liberar os hormônios da felicidade, como a dopamina e endorfinas, e ainda estimulam o cérebro, contribuindo diretamente para a memória.
Um estudo publicado pela revista Harvard Health Publishing apontou que pessoas sedentárias sofrem mais falhas no lobo temporal medial, responsável por produzir novas memórias, enquanto pessoas mais ativas apresentaram redução de 50% nas chances de distúrbios na região. Por isso, é fundamental praticar qualquer tipo de atividade física de três a cinco vezes por semana.
3 – Alimentar-se regularmente e de forma saudável
O cérebro precisa de energia para funcionar regularmente. Por isso, se alimentar com frequência, ingerindo nutrientes de qualidade e respeitando os horários das refeições (em especial, café da manhã, almoço e jantar) otimiza as funções cerebrais.
No entanto, práticas como o jejum intermitente podem atrapalhar este funcionamento. Segundo o médico argentino Gabriel Lapman – autor do livro “Mais Tênis, Menos Comprimidos: A Melhor Receita Para Uma Vida Saudável” –, esta prática pode consumir a reserva de glicogênio, parte fundamental para a liberação de energia no corpo. Com isso, é gerado um desequilíbrio hormonal que aumenta a possibilidade de desenvolver doenças como diabetes, obesidade e aumento no colesterol.
Além disso, alimentos que contenham proteínas compostas por diversos aminoácidos essenciais, vitaminas, gorduras saudáveis e minerais contribuem bastante para a formação de tecidos cerebrais. Nestes grupos, se destacam peixes, nozes, vegetais e todos os tipos de fruta, em especial, abacate e frutas vermelhas.
4 – Reduzir a ingestão de açúcar
A alta ingestão de açúcar é um dos comportamentos nocivos ao cérebro que citamos no início do texto e que geram hábitos prazerosos ao órgão. Alimentos e bebidas ricas em açúcar geram prazer, estimulam a atividade cerebral, mas causam dependência.
Por consequência, o consumo exagerado de açúcar acaba promovendo o surgimento de diversas doenças, como a diabetes, pressão alta, obesidade e outras disfunções.
5 – Ter uma vida social ativa
As relações interpessoais colaboram e muito para o bom funcionamento do cérebro. Estar em interação constante com outras pessoas reduz o risco de Alzheimer e de declínio cognitivo.
Uma pesquisa da Universidade de Harvard aponta que a solidão e a depressão causam perda da massa cinzenta do cérebro, que é a camada que ajuda a processar as informações.
6 – Não fumar
Outro hábito que afeta a massa cinzenta do cérebro é o fumo. Segundo Lapman, fumar reduz a camada e, também, o fluxo do oxigênio que chega até o órgão. Além disso, o hábito aumenta a predisposição a aterosclerose, condição que obstrui as paredes das artérias e atrapalha o fluxo sanguíneo.
7 – Regular o sono
Diversos estudos apontam que um adulto médio deve dormir, no mínimo, sete horas por dia para ter um sono reparador. O bom descanso é responsável por gerar o fenômeno chamado “limpeza metabólica”, que elimina as substâncias nocivas acumuladas pelo corpo no decorrer do dia.
Além disso, uma publicação da revista científica Nature Reviews Neuroscience apontou que a privação de sono afeta a capacidade de atenção, a memória e o humor.
8 – Diminuir o consumo de álcool
O consumo excessivo de álcool afeta profundamente os neurônios, prejudicando as extensões e ramificações do cérebro e reduzindo a velocidade da transmissão dos impulsos nervosos.
Pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos apontam que beber altas quantidades de álcool com frequência altera significativamente a estrutura e a função cerebral, incluindo a diminuição da espessura cortical, ligada a várias funções cognitivas essenciais.
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