Outubro rosa e novembro azul são campanhas mundialmente conhecidas, pois muito se fala sobre o câncer de mama e o de próstata, no entanto, o que pouca gente sabe é que o câncer de pele é um dos mais recorrentes entre a população brasileira.
A campanha dezembro laranja foi criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 2014 com o intuito de conscientizar a população sobre a importância de prevenir e como detectar precocemente a doença.
A iniciativa tem uma forte atuação nas redes sociais e na imprensa e conta com ajuda de celebridades, ações em pontos turísticos e vias públicas, e conteúdo qualificado por meio de orientação de especialistas.
Mas você sabe como se prevenir e como identificar lesões e buscar ajuda quando necessário? Acompanhe esse blog post e entenda mais sobre o câncer de pele e a campanha dezembro laranja.
A importância do sol na saúde
A luz solar desempenha um papel crucial na saúde humana desde influenciar no humor das pessoas até na produção de vitamina D, que é essencial para a saúde dos ossos e do sistema imunológico. No entanto, a exposição excessiva e inadequada ao sol pode causar danos à pele e aumentar o risco de câncer de pele.
A moderação é fundamental quando se trata de exposição ao sol. É importante aproveitar os benefícios da luz solar para a síntese de vitamina D, mas tomar precauções para evitar danos à pele. Isso inclui usar protetor solar, roupas adequadas, óculos de sol e limitar o tempo de exposição direta ao sol, especialmente durante as horas em que os raios ultravioletas são mais intensos (geralmente entre 10h e 16h).
É crucial educar as pessoas sobre a importância do equilíbrio na exposição solar para garantir os benefícios sem comprometer a saúde da pele. Medidas preventivas e conscientização sobre os riscos podem ajudar a manter um equilíbrio saudável entre os benefícios e os possíveis danos causados pelo sol.
Câncer de pele
O câncer de pele é um problema significativo de saúde pública no Brasil, sendo um dos tipos mais comuns de câncer diagnosticados no país. Por esse motivo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia escolheu o mês de dezembro, marcado pelo início do verão, para implementar a campanha Dezembro Laranja, para conscientizar sobre a prevenção e a detecção precoce do câncer.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele não melanoma é, de fato, o tipo mais comum de câncer de pele no Brasil. Ele é mais frequente, representando aproximadamente 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Em contraste, o melanoma, embora seja menos comum do que o não melanoma, é uma forma mais agressiva de câncer de pele.
As estimativas de incidência do câncer de pele não melanoma em 2020, de acordo com o INCA, foram de 176.930 casos, com 83.770 em homens e 93.160 em mulheres. Quanto ao melanoma, estimou-se um total de 8.450 casos, sendo 4.200 em homens e 4.250 em mulheres para o mesmo período.
Tipos de câncer de pele
Existem três principais tipos de câncer de pele. Os dois primeiros, classificados como não melanomas são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular. E o último é a forma mais agressiva da doença, o melanoma.
Não melanomas
Os tipos Carcinoma Basocelular e Carcinoma Espinocelular são mais comuns e menos agressivos. Geralmente, têm um prognóstico mais favorável quando detectados e tratados precocemente. Eles estão frequentemente associados à exposição solar crônica e podem se manifestar como feridas que não cicatrizam, manchas ou crescimentos na pele.
Melanomas
Embora menos comum que os carcinomas basocelulares e espinocelulares, o melanoma é mais agressivo e potencialmente fatal se não for tratado precocemente. Ele se origina nos melanócitos, as células produtoras de pigmento da pele, e pode aparecer como uma pinta escura, assimétrica e com bordas irregulares.
Como detectar a doença
É fundamental estar atento a qualquer mudança na pele e observar sinais como os descritos. O câncer de pele, incluindo o melanoma, pode se manifestar de diversas maneiras e é crucial estar ciente dos sintomas potenciais para buscar
avaliação médica se houver alguma suspeita.
Os melanomas, especificamente, podem ser identificados através de sinais de mudança em pintas existentes ou surgimento de novas lesões na pele.
Alterações na cor, tamanho, forma ou textura das pintas podem ser indicativos de problemas. É importante também estar ciente de feridas que não cicatrizam ou que apresentam sintomas como coceira, sangramento, crostas, etc.
Além disso, como mencionado, o melanoma metastático, que se espalhou para outras partes do corpo, pode causar sintomas adicionais, dependendo das áreas afetadas. Esses sintomas podem incluir nódulos na pele, inchaço dos
gânglios linfáticos, falta de ar, tosse persistente, dores abdominais, dores de cabeça e outros.
Se alguém notar qualquer um desses sintomas ou mudanças na pele, é recomendável buscar avaliação médica para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. O diagnóstico do câncer de pele é geralmente feito por um médico através de um exame clínico e, se necessário, uma biópsia da lesão suspeita.
Formas de prevenção
A prevenção do câncer de pele é em grande parte possível através do controle dos fatores de risco e de práticas saudáveis. Aqui estão algumas maneiras de prevenir o câncer de pele:
Proteção solar: Use protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados, e reaplique-o a cada duas horas ou após nadar ou transpirar. Use roupas protetoras, como chapéus de aba larga, óculos de sol e roupas com proteção UV.
Evite a exposição excessiva ao sol: Fique na sombra, especialmente durante as horas de pico do sol entre as 10h e 16h, quando os raios UV são mais fortes.
Examine sua pele regularmente: Faça autoexames mensais para observar quaisquer mudanças na pele, como novas manchas, pintas que mudaram de cor ou tamanho, ou lesões que sangram, coçam ou não cicatrizam. Consulte um dermatologista regularmente para exames completos.
Evite camas de bronzeamento: A exposição às camas de bronzeamento artificial está associada a um maior risco de câncer de pele, incluindo melanoma.
Proteja-se independentemente do clima: Mesmo em dias frescos e nublados, os raios UV podem penetrar nas nuvens e causar danos à pele. Portanto, use proteção solar mesmo quando o sol não estiver visível.
Fatores de risco
O Brasil, devido ao seu clima tropical e à exposição frequente ao sol, apresenta altos índices de casos de câncer de pele. As regiões mais afetadas são aquelas com maior incidência de radiação solar, como o sul e o sudeste do país.
A conscientização sobre a importância da proteção solar, do uso de roupas adequadas e do acompanhamento dermatológico regular é fundamental para prevenir e detectar precocemente o câncer de pele. Dentre os fatores de risco estão:
- Pessoas com doenças cutâneas prévias;
- Histórico familiar de câncer de pele;
- Pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros;
- Pessoas que trabalham frequentemente expostas ao sol sem proteção adequada;
- Exposição prolongada e repetida ao sol na infância e adolescência
- Exposição a câmaras de bronzeamento artificial.
Se você suspeita de qualquer lesão na pele, é essencial buscar orientação médica para um diagnóstico adequado e iniciar o tratamento o mais rápido possível, caso seja necessário. A detecção precoce é crucial para um
prognóstico mais favorável no câncer de pele.
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